Arquitetura e Construção
Água quente nos banheiros: qual é a melhor opção de aquecedor, elétrico, gás ou solar? Central ou localizado?
Ao projetar, construir ou reformar habitações o fornecimento de água quente nos banheiros costuma gerar polêmica. Qual é o melhor sistema, elétrico, gás, solar? ? mais interessante colocar um aquecedor central ou usar vários aquecedores localizados junto a cada banheiro ou a cada ponto de consumo? Veja nossa análise e chegue à sua própria conclusão.
Não existe resposta única à esta questão. A melhor resposta seria um enigmático ??depende?. ? preciso analisar vários fatores, ponderar entre os valores para finalmente decidir pelo mais conveniente mas, contudo, sem ter certeza absoluta de ter escolhido o melhor. Mas vamos analisar a questão, primeiro vendo quais são os sistemas disponíveis, e depois as vantagens e desvantagens de cada um.
Tipos de aquecimento de água
Os sistemas de aquecimento dividem-se em três tipos básicos: de aquecimento localizado, de passagem e de acumulação.
Um chuveiro elétrico (imagem à direita), destes comuns, pode ser considerado um sistema de aquecimento localizado. A água quente é fornecida diretamente na mesma unidade onde será aquecida. Um pequeno aquecedor que se coloca embaixo da pia de cozinha para alimentar a torneira também. Antigamente se utilizava também chuveiros à gás, cuja chama aquecia a água da mesma forma, mas hoje em dia este tipo de chuveiro só existe mesmo em algumas cidades do nordeste brasileiro onde a energia elétrica é muito cara ou inexistente.
Os aquecedores de passagem são também chamados de aquecedores rápidos. Podem ser elétricos ou a gás. Os elétricos ficam localizados dentro dos banheiros ou cozinhas, e têm potência suficiente para alimentar chuveiro, torneira de pia e até a torneira da cozinha. O consumo de energia elétrica é alto, maior do que um chuveiro elétrico comum, e precisa de uma instalação elétrica dimensionada corretamente.
Existem também os aquecedores de passagem à gás (imagem à direita). Estes, antigamente, eram colocados dentro dos banheiros mas depois foram banidos para o lado de foram para evitar acidentes decorrentes de vazamentos de gás. O funcionamento hidráulico é igual aos aquecedores centrais elétricos, ou seja, existe uma tubulação de água quente que distribui a água quente a partir do aquecedor até cada ponto de consumo.
Os aquecedores de acumulação (à esquerda) podem ser elétricos, a gás ou solares. Nestes, um tanque isolado termicamente mantém a água a uma determinada temperatura, de onde é direcionada aos pontos de consumo. Note que mesmo os aquecedores solares contêm um aquecedor elétrico para os dias nublados.
Mas como se comporta cada um destes sistemas? Quais são suas vantagens e desvantagens? Para fazer uma análise mais precisa, vejamos como eles se comporta mem relação à:
? Construção do banheiro e instalação do sistema
? Consumo de energia elétrica
? Consumo de água
? Manutenção
Vejamos:
Construção do banheiro e instalação do sistema
O melhor momento para começar a pensar na escolha do sistema de água quente para os banheiros é durante o projeto da obra. Isto porque envolve confecção de encanamentos, localização da caixa d'água e do evento aquecedor central (??boiler?), escolha das torneiras e misturadores, sem falar do chuveiro e demais acessórios que entrarão em contato com a água.
Adaptações feitas em reformas, seja em prédio velho, ou mesmo em uma obra nova onde se mudo o projeto inicial, ficam bem mais caras do que uma instalação feita do zero, a partir do projeto e, claro, contratando-se um bom projetista para fazer os dimensionamentos necessários. Esqueça aquele encanador intrometido que dimensiona ??na prática?, este tipo de profissional certamente tem seu lugar na obra, mas nada melhor do que um arquiteto competente trabalhando em conjunto com um projetista de hidráulica para chegar à melhor relação custo-benefício em uma instalação que, no final das contas, ficará funcionando no mínimo por mais uns 30 anos.
Justamente por este longo prazo de utilização, evite usar material de segunda linha, projete tudo como tem que ser, compre material de boa qualidade, que atenda às normas técnicas e que você tenha esperança de conseguir peças de reposição daqui a alguns anos. Uma instalação com estes cuidados parece ficar mais cara do que uma feita ??no olho?,mas é um grande engano pensar assim. Em obra, o planejamento é a melhor economia que se pode fazer. Um bom projeto permite que se saiba onde se pode economizar sem comprometer o desempenho, conforto e durabilidade, enquanto que de nada adianta comprar material de marca renomada (e cara) sem um bom planejamento e projeto.
Feita esta introdução, vejamos: no quesito construção e instalação, os sistemas mais complexos e caros são o solar e o elétrico com reservatório central, seguidos de perto pelo a gás com reservatório central. O mais econÎmico é o bom e velho chuveiro elétrico.
Consumo de energia elétrica
Em contrapartida a estes gastos iniciais, vamos pensar no consumo de energia elétrica. O aquecimento solar vai se pagar ao longo dos anos, desde que a obra fique em local ensolarado. Todo sistema de aquecimento solar tem um segundo sistema à eletricidade, para que à noite ou em dias nublados o prédio não fique sem a água quente. Assim, quanto mais sol, menos consumo de eletricidade.
O mais perdulário dos sistemas de aquecimento de água é o central elétrico. Por mais bem construído que seja, o boiler perde calor para o meio ambiente, tanto mais quanto mais frio for o local, pois o termostato mantém a água em determinada temperatura, cerca de 60ºC, independentemente do consumo. ? medida em que a água quente vai sendo usada, o reservatório vai se enchendo de água fria, que vai ser aquecida e mantida aquecida. Este processo é o que mais gasta energia elétrica, justamente por isto se tem a opção do aquecedor central com aquecimento à gás.
Esta é uma boa opcão pois a conta do gás fica bem mais em conta do que a de energia elétrica. O inconveniente do aquecimento central à gás é que o local precisa ser arejado e ter acesso facilitado, pois é preciso manter a chama piloto acesa, dificultando a instalação, por exemplo, em um vão de telhado ou no topo de um armário, como pode se feito com um aquecedor central elétrico.
Uma opção intermediária seria o aquecimento a gás de passagem, onde a água é aquecida apenas quando é necessária. Ao ser aberto o chuveiro ou torneira, a água começa a circular na tubulação e o aquecedor acende o gás, cuja chama esquenta a água dentro de uma serpentina. O inconveniente é que o aquecedor deve ficar fora do banheiro, para evitar acidentes fatais devido a vazamento de gás.
Assim, em termos de consumo de energia elétrica o que gasta mais é o aquecimento central elétrico, seguido pelo solar. Os sistemas às gás não gastam energia elétrica, mas muitos projetistas costumam deixar, por via das dúvidas, uma tomada pronta para chuveiro elétrico junto aos chuveiros, para o caso de pane ou manutenção no sistema à gás.
Consumo de água
A princípio, o consumo de água independe do tipo de aquecimento. Está mais ligado a fatores humanos e às características do local de instalação. Por exemplo, um aquecedor de passagem à gás ou um chuveiro elétrico permitem que se tome banho por horas a fio, com a mesma quantidade de água e à mesma temperatura. Já em um aquecimento central, elétrico, solar ou à gás, a água vai ficando cada vez mais fria, à medida em que a água quente do boiler vai sendo consumida. Chega uma hora em que a água ficará realmente fria e o banho desconfortável. Nestas condições, qualquer um destes sistemas de aquecimento tendem a fazer com que a pessoa se demore mais no banho, aumentando o consumo de água.
Outra coisa que influi no consumo de água é a pressão disponível nos pontos de consumo. Um chuveiro elétrico funciona bem mesmo com a caixa dágua logo acima do teto e, neste caso, a pequena pressão diminuiria o consumo horário de água. Já um aquecedor central, a gás, elétrico ou solar, precisam que os reservatórios, tanto de água fria quanto quente, fiquem mais elevados e, consequentemente, com maior pressão nos pontos de consumo. Com isto, um banho de 15 minutos gastaria algo como 10 litros num chuveiro elétrico comum, e poderia chegar a 100 litros ou até mais se houver boa pressão de água.
Manutenção
Neste quesito o chuveiro elétrico comum bate todos os outros sistemas, pois tem manutenção barata e fácil de ser feita, qualquer pessoa com um mínimo de treino pode trocar uma resistência ou desentupir o crivo.
Os sistemas de aquecimento de água por passagem, à gás ou elétrico, também apresentam pouca manutenção, mas quando necessária fica mais cara do que a do chuveiro elétrico, e precisa ser feita por técnico especializado.
Sistemas de aquecimento central têm uma vida útil longa, acima de 5 anos. Depois disto pode ser necessária a troca de registros e válvulas, sem falar dos tambores de armazenamento que também podem precisar de reparo ou substituição. Quando sito ocorre, a despesa é alta e o serviço igualmente é feito por empresa especializada.
E a questão das banheiras?
Sonho de consumo de muitos, as banheiras precisam de instalação especial, cuidadosamente projetada,pois precisa ser enchida rapidamente e ter um sistema que mantenha a temperatura da água.
Por isto, onde existe previsão de banheira é preciso pensar em um sistema de aquecimento central ou então em um aquecedor de passagem à gás, para que o usuário tenha água quente suficiente e em pequeno espaço de tempo para encher a banheira. Uma banheira pequena já consome 100 litros de água, as maiores comportam acima de 1.000 litros. Aquecer toda esta água e mantê-la quente ao longo do tempo requer muita energia, por isto o mais econÎmico é usar aquecimento à gás, a não ser que seja impossível disponibilizar espaço físico para os aquecedores, caso de apartamentos pequenos onde será preciso recorrer aos aquecedores elétricos.
Depois de cheia a banheira, a temperatura da água pode ser mantida colocando-se mais água quente. Alguns modelos dispõem de pequenos aquecedores elétricos de passagem por onde uma bomba faz recircular a água já contida na banheira, de forma a manter a temperatura dentro do padrão estabelecido pelo usuário.
Assim, quando se fala em banheira, o arquiteto ou construtor deve logo se lembrar de que junto coma banheira virá tubulação de água quente, sistemas maiores de aquecimento de água e maior capacidade nas caixas d'agua, tudo isto aumenta o custo de construção e manutenção do edifício.
Resumindo...
Esperamos que as ponderações que fizemos aqui o ajudem a escolher seu sistema de aquecimento de água residencial. Algumas dicas adicionais:
? Se deseja algo mais econÎmico, fique com o bom e velho chuveiro elétrico. O custo de instalação é baixo, mas o consumo de energia elétrica ao longo do tempo pode compensar a instalação de um sistema a gás ou solar.
? Caso possa gastar um pouco mais logo de saída e tenha local disponível, fique com o aquecedor de passagem à gás.
? Se deseja gastar ainda um pouco mais durante a obra, ou então se tiver banheira, fique com os sistemas com reservatório central, de preferência à gás.
? Caso esteja preocupado com a ecologia ou então com o consumo de energia elétrica a longo prazo fique com o aquecimento solar, mesmo sabendo que sua construção inicial é a mais cara entre todos os sistemas que vimos.
Arborização Urbana
Por Rose Aielo Blanco
Praças, jardins e parques arborizados... parece um sonho nos grandes centros urbanos mas, apesar disso, não é um sonho impossível. O estudo e planejamento de projetos de arborização urbana utilizando árvores ornamentais pode ajudar a viabilizar o equilíbrio ecológico nas cidades. Quando bem adaptadas ao espaço e às condições climáticas do local, muitas árvores ornamentais podem ser utilizadas.
Eis alguns exemplos:
Acacia mimosa (Acacia podalyriaefolia) - Apresenta rápido crescimento, produz cachos de flores amarelas e perfumadas durante o outono e inverno. As folhas são pilosas, pequenas e de formato arredondado, com tonalidade verde-prateado. Desenvolve-se bem sob sol pleno.(foto abaixo )
Bordo (Acer platanoides) - De grande porte e rápido crescimento, possui folhas lobuladas, que se colorem de vermelho ou amarelo durante o outono. As flores são amarelas e surgem na primavera. Adapta-se melhor aos climas de altitude, especialmente na região Sul.(foto abaixo )
Ailanto ou árvore-do-paraíso (Ailanthus altissima) - Apresenta copa ovalada e elegante, com folhas longas e acinzentadas. As árvores fêmeas produzem frutinhos vermelhos no outono. Adapta-se melhor às regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.(foto abaixo )
Amérstia ou rainha-das-árvores (Amherstia nobilis) - De copa majestosa, produz folhas pinadas e pendentes, que apresentam-se rosadas quando novas. As flores vermelhas, com mesclas brancas, assemelham-se a orquídeas e aparecem em cachos durante a primavera. Desenvolve-se bem à meia-sombra ou sol pleno.(foto abaixo)
Carambola (Averrhoa carambola) - Árvore tropical que apresenta crescimento lento. Produz frutos amarelos e carnudos no verão. Indicadas para a formação de sombras.Floresce o ano todo.(foto abaixo)
Pata-de-vaca (Bauhinia sp.) - Pelo seu pequeno porte, é especialmente indicada na arborização de ruas. Suas flores, que variam do branco ao vinho, lembram pequenas orquídeas.(foto abaixo)
Bétula (Betula) - Árvore de copa aberta, com folhas que se tornam amarelas no outono. As flores aparecem no início da primavera. Na maturidade, apresenta a parte lenhosa do caule bem esbranquiçada, tornando-se muito decorativa. Adapta-se melhor aos climas de altitude.(foto abaixo)
Pau-de-ferro ou pau-ferro (Caesalpinia ferrea var. parviflora) - Apresenta tronco de aspecto decorativo, por ser envolvido por uma fina casca. Produz cachos terminais, com pequenas flores amarelas, durante o verão. No final do inverno, produz frutos achatados e alongados. Desenvolve-se bem sob sol pleno ou à meia-sombra.(foto abaixo)
Sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides) - Árvore de copa densa, arredondada e irregular. Produz folhas compostas, leves e brilhantes. As flores, amarelas e delicadas, surgem em cachos eretos.(foto abaixo)
Cássia-imperial, chuva-de-ouro (Cassia fistula) - De porte médio, apresenta folhagem leve, que cai durante o inverno ou períodos secos. As flores, de intenso amarelo-dourado, surgem em longos e elegantes cachos pendentes. Produz frutos cilíndricos. Desenvolve-se melhor sob sol pleno.(foto abaixo)
Automação otimiza gerenciamento residencial
Automação otimiza gerenciamento residencial
A Siemens desenvolveu a técnica de automação do instabus®, o qual permite otimizar o gerenciamento residencial com ferramentas de controle.Iluminação, temperatura e luminosidade de ambiente, agregando ainda funções de equipamentos de segurança, hometheater e de todos os eletrodomésticos. Tudo isso ativado por controle-remoto, voz, internet ou telefone.
O Touch Screen, novo produto do sistema instabus® da Siemens, é uma central de comando multifuncional da residência, servindo tanto para dimerizar a luz do quarto como para emitir um sinal sonoro que avisa se o alarme foi acionado durante a madrugada. Trata-se de uma mini-tela de TV que pode ser instalada em qualquer lugar, inclusive na cabeceira da cama e possui funções como controlar alarmes, luzes e equipamentos eletrÎnicos. Recebe, por exemplo, informações sobre status da temperatura interna e externa, programa ações como acender ou apagar as luzes, ligar o ar condicionado, alarme ou outros sistemas de segurança, em horários pré-determinados, inclusive simulando a presença dentro da residência na ausência de seus proprietários.
Instalações inteligentes O Instabus ?? EIB é uma técnica para instalações elétricas inteligentes. Essa solução permite controlar e monitorar todas as tarefas e procedimentos de uma instalação predial. Além de luminárias e persianas, o sistema permite o controle de temperatura, proteção contra incêndio e terceiros (detectores de movimento e controladores de acesso). Com o Instabus também é possível controlar a temperatura e a luminosidade de um ambiente. O sistema pode ainda ser programado em função das condições ambientais, como o aproveitamento da luminosidade externa a cada período do dia ou a detecção de pessoas no local.
Versão wireless do sistema TMDS disponível no Brasil
A subsidiária brasileira é a primeira no mundo a desenvolver a tecnologia wireless doTransformer Monitoring and Diagnostic System-TMDS, sistema de diagnóstico para transformadores.
A divisão de Transmissão e Distribuição de Energia da Siemens no Brasil traz para o mercado a versão wireless de seu sistema TMDS 2000. Desenvolvido por engenheiros brasileiros, o novo sistema conta com tecnologia wireless de coleta e transmissão de dados da subestação, alimentando o avançado sistema de diagnóstico do estado operativo de transformadores e reatores. O sistema é capaz de detectar até falhas incipientes, dentro de critérios pré-estabelecidos. Com a interface wireless, os usuários do sistema não precisam mais planejar e executar complexas obras civis e de cablagem adicional em subestações de alta tensão. Versões anteriores do sistema usam comunicação via pares trançados ou fibras óticas. ??A introdução da tecnologia wireless traz uma série de vantagens para o usuário, especialmente nos quesitos velocidade de instalação e custo?, afirma Arthur Lavieri, diretor da divisão de Transformadores da Siemens no Brasil.
Os sistemas TMDS 2000 (monitoramento de transformadores) e TMDS 3000 (sistema de monitoramento para subestações descentralizadas) complementam a gama de produtos e serviços da empresa para o mercado de transformadores, que vai desde a fabricação de grandes equipamentos de 800 mil Volts até serviços de reparo, repotencialização e consultoria de análise de risco e estado operativo. ??Com a aplicação dessa tecnologia, damos mais um passo no nosso compromisso de disponibilizar para o mercado um portfólio completo de produtos e soluções que garantam o mais importante: a confiabilidade do sistema de transformação de energia?, conclui Lavieri.
Sobre a unidade Energia da Siemens no Brasil
Há 100 anos, a Siemens é uma das empresas líderes do mercado eletroeletrÎnico brasileiro, com atividades nos segmentos de negócios Information and Communications, Automation and Control, Medical, Power, Transportation e Lighting. O grupo no Brasil possui mais de 10 mil colaboradores e é composto por 15 fábricas. No ano fiscal encerrado em outubro de 2005, a unidade de Energia faturou R$ R$ 793,1 milhões e obteve R$ 1,1 bilhão em entrada de pedidos.
Como escolher produtos mais sustentáveis?
O consumidor ainda encontra dificuldades na identificação de produtos sustentáveis, mesmo já tendo demonstrado disposição de pagar até mais por tais produtos. Conheça algumas dicas sobre como o consumidor pode analisar a sustentabilidade na hora de decisão de compra.
1. Prefira produtos produzidos em sua região: de forma prática, primeiramente, o consumidor deve-se colocar na posição de São Tomé: ver para crer. Comece pela etiqueta que informa a origem do produto e verifique sua procedência. Prefira os produzidos em sua região. Evite comprar similares fabricados em outros países. Ao comprar produtos de outros países, reduz-se o recolhimento de impostos municipais e estimula-se o desemprego e a falta de serviços e infraestrutura pública.
2. Confira a composição do produto: verifique se o que está sendo dito na frente do produto realmente consta em sua composição e você poderá ter interessantes surpresas. Se, por exemplo, estiver comprando um pão-de-queijo, confira na sua composição se ele realmente tem queijo.
3. O que importa é o conteúdo, não a embalagem: não se deixe levar pela embalagem, se é reciclada ou não. Isso, neste momento de análise, não é importante. O que é importante é saber se o produto é agressivo à sua saúde e à de sua família. Uma prática que está se tornando comum é reduzir embalagens e aumentar o porcentual reciclado para estimular a venda desses produtos como ??mais sustentáveis?. Cuidado! Nessa lista existem produtos nada ecologicamente amigáveis e outros agressivos à saúde humana.
4. Selos Verdes são uma boa indicação: uma maneira de ajudar a identificação de produtos sustentáveis é por meio dos chamados Selos Verdes, como o selo Procel para eletrodomésticos e eletrÎnicos, o FSC e CERFLOR para madeiras e papéis e o SustentaX para produtos e serviços sustentáveis. Na área de orgânicos existem o IBD e EcoCert, dentre outros. Os selos são uma forma de mostrar ao mercado que passaram por análises rigorosas para a sua obtenção.
5. Fique atento à ??picaretagem verde?: identifique as estratégias usadas para passar por sustentáveis, produtos que não são:
a) Selos emitidos pelos próprios fabricantes;
b) Termos genéricos também são muito usados como 100% natural, 100% ecológico, eco, amigo da natureza (eco-friendly) e variações do tipo;
c) Informações sem comprovação imediata ou termos científicos. Como, por exemplo, informar que um produto, como sabão em pó, pode reduzir o consumo de água; ou então um amaciante economizar energia;
d) Informações redundantes, como testes e dados obrigatórios, como detergentes que colocam ??testados dermatológicamente? ou azeites com zero de colesterol;
e) Excesso de imagens da natureza: reparem se há muito verde ou imagens de animais;
f) Falar que o produto é ??neutralizado? em carbono. Desconfie da simples neutralização que não torna o produto sustentável. A neutralização é válida após a revisão e efetiva redução dos impactos ambientais da cadeia produtiva. ? o final e não o começo;
g) Produtos concentrados. Só porque foi retirada a água do produto não o torna ??verde?. ? importante que ele não faça mal à saúde;
h) ??Sem cheiro?. O importante é o fabricante demonstrar que o produto apresenta baixa toxidade, por critério reconhecido.
Quando produtos não apresentam selos de sustentabilidade, o consumidor pode procurar pelos cinco atributos essenciais de sustentabilidade:
1. Salubridade: evite produtos com odores (normalmente esses odores decorrem de componentes orgânicos voláteis que podem fazer mal à saúde).
2. Qualidade: procure por produtos com qualidade comprovada. Nem todas as tintas são iguais, por exemplo. Várias não têm teste de aderência e, a primeira vez que você for fazer uma limpeza, pode sair na esponja.
3. Responsabilidade social: questione a procedência. Por exemplo, se for comprar uma areia em uma loja de construção pergunte se vem de uma empresa confiável, sem trabalho infantil, escravo?
4. Responsabilidade ambiental: questione a procedência. Por exemplo, ao comprar objetos de madeira pergunte sobre a legalidade.
5. Comunicação responsável: Procure por marcas nas quais você identifique ética e genuinidade na comunicação.
Compra de terreno para construção: o que é importante?
Por Eng. Civil Eugênio Pacelli de B. Silveira
Um dos principais questionamentos pelos quais se depara quem quer construir seu imóvel é a escolha do terreno. Nem sempre são levados em consideração itens importantes, que depois poderão ser motivos de insatisfação para o novo proprietário. Veja algumas considerações importantes.
? Facilidade de acesso -- O lote deve ficar em local que tenha vias de acesso que possibilitem chegar ao mesmo em qualquer clima e com vários tipos de veículo.
? Redes públicas -- A existência no local de rede pública de água, energia e esgoto são fatores que já representam economia inicial na construção da obra, pois é preciso água para compor concreto, argamassas e utilizá-la no banheiro dos operários durante a obra. Sua falta implicaria na construção de poço, comum ou artesiano, ou então na compra de água em caminhões. A existência de rede de esgoto evita a construção de fossa séptica para os operários e também para a futura residência. Ao verificar a existência de rede elétrica no local, observe se há fiação aérea, que em alguns locais poderá vir enterrada. Lembre-se de, antes de construir, quando solicitar ligação à concessionária, informar à mesma sobre a potência a ser instalada no canteiro de obra e na futura construção.
? Topografia -- O terreno deve preferencialmente ser plano, com leve inclinação para a rua em locais onde a drenagem urbana for eficiente. Certifique-se com a vizinhança se não ocorrem alagamentos em dias de chuva. Na escolha de terrenos em aclive (inclinados acima do nível da rua) ou em declive (inclinados abaixo do nível da rua), considere na fase de execução de sua obra, os gastos com movimento de terra (corte e aterro) e alvenaria de contenção.
? Tipo de solo -- Verifique se o solo é resistente e capaz de suportar o prédio a ser construído, evitando assim, a utilização de uma fundação de alto custo. Execute uma sondagem, para saber o perfil do terreno, outra alternativa é consultar a vizinhança, diligencie no sentido de saber se nas construções contíguas existem fissuras nas paredes, qual o tipo de fundação utilizada.
? Orientação -- Dentro de uma mesma quadra, com vários lotes, dê preferência aquele lote que mais recebe a luz do sol e ventilação. Lembre-se de que aqui no hemisfério sul a face nobre é a Norte, os ambientes mais importantes devem ser voltados para esta orientação para economizar em energia elétrica, nos aparelhos de ar condicionado e propiciar melhor conforto térmico.
? Legislação -- Consulte o Código de Obras e Zoneamento do município, que versa sobre recuos e número máximo de pavimentos, bem como a possibilidade ou não de futuras desapropriações. Lembre-se, que dados técnicos como recuos e número máximo de pavimentos, serão limitantes para que um profissional legalmente habilitado faça o seu projeto.
Autor: Eng. Civil Eugênio Pacelli de B. Silveira Eng. Civil executor de obras civis e reformas, orçamentista em licitações públicas e privadas. Autor da planilha eletrÎnica de composição de preços unitários para construção civil